segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Capítulo 4: Primavera

Abril, Inicio da Primavera


A neve derretia. Quando Dulce ouviu barulhos de automóveis seu coração disparou. O martírio cedera lugar para apenas dor.
Seu corpo encheu a cozinha onde seus pais comiam um mexido de ovos.
Os dois pares de olhos se surpreenderam; Dulce vestia-se para sair. A velha senhora abriu um sorriso emocionado e contido, embora exausto.
O homem apenas as contentou com um aceno de cabeça; para a menina era como o maior gesto de afeto vindo de seu pai.
Um prato fora agora posto para Dulce, que há muito tempo não comia junto dos outros. O trio comeu em silêncio.
A porta da sala foi batida, e Dulce pousou os pés na rua. Apertou os olhos, não acostumada com a não-costumeira claridade.
Tremendo, agarrou-se mais à sua mochila perto de seu casaco. Foi trilhando um caminho de pegadas até chegar a um armazém.
-Dulce?
Olhares curiosos voltaram para a menina. Ela corou, sentindo mais calor agora.
-Sra. Tompson?
Ela hesitou por um momento, e sorriu tímida.
-Será que ainda tenho meu emprego?
Judith Tompson sorriu fraternamente em resposta.
-Mas é Claro, minha filha. Pode começar no momento, se quiser.
Era o que esperava. A esposa de Mark Tompson era a mulher mais bondosa que conhecia. Junto de sue marido, era dona do mercadinho onde Dulce trabalhava há dois anos - que havia deixado.
-Está muito frio, não vista o uniforme!
-Por mim tudo bem.
-Oh, não. Falando nisso, precisamos de novos Uniformes! Uns que adaptem melhor a esse gelo que está nossa cidade. Sabe, poderíamos vender isso: uniformes. Isso! Faria muito sucesso!
Só havia um defeito na bondosa mulher: falava demais! E tinhas as mais mirabolantes idéias para sua loja. Dulce sorriu; O primeiro sorriso verdadeiro depois de tempos.

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