terça-feira, 24 de novembro de 2009

Capítulo 5: Tempo





O dia voara. Quando se tem uma ocupação durante todo o dia a dor dói menos. Mas a noite chega, e com ela o mar de lembranças. Dulce sentiu cansada demais quando pousou os pés em casa.
No momento que deitara em sua cama é que a raiva se ploriferara. Sentiu seu coração apertar. Olhou a foto, agora em sua cabeceira de cama. Um grito entalou-lhe a garganta. Seus dedos agarraram o retrato. Não havia mais lágrimas.
Sentiu raiva de Robert. Ele não tinha o direito de deixá-la. N
ão a ela. Trincou os dentes.
-A culpa não foi minha.
Sentiu o frescor de poder dizer que já não sofria. Mas era mentira. Seus lábios retornaram à verdade.
-Me está matando, Rob!
E Dulce sorriu amarga. Seu coração viajou para semanas, meses, anos atrás... E adormeceu.


A manhã já não estava tão fria como as outras. 11° graus Celsius, era o que medidor de temperatura apitava.
Carros já circulavam pelas ruas, e pessoas saiam de suas casas impressionadas. Um sol era tampado pela forte cobertura de nuvens. Mas era um milagre uma temperatura tão alta no sul, depois do forte inverno. Era um milagre os olhos felizes de Dulce.
Saiu apressada porta a fora. Chegou ao trabalho rápido. Seus pés dançavm em meio das pessoas
-Bom dia, Sra Tompson.
-Quanta felicidade. Viu um passarinho verde?
-Não duvido! Esse tempo está tão bom, que não me espantaria se visse um!
-Como me alegra te ver assim, menina.
-É o tempo, Sra. Tompson, o tempo.

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